terça-feira, 15 de abril de 2008

Remédios perigosos para quem vai dirigir

Remédios para emagrecer e contra resfriados, gripes e cólicas podem causar acidentes de trânsito. A questão foi abordada ontem no Congresso Médico Estadual da Associação Médica do Espírito Santo (Ames), que este ano tem como tema central o trauma.

Como grande parte dos traumas são causados por acidentes automobilísticos, foi preparada para o congresso uma jornada específica sobre o trânsito – I Jornada de Medicina do Tráfego.

O médico especialista em Medicina do Sono Sérgio Barros esclareceu que medicamentos considerados inofensivos pela maior parte da população podem ser um grande perigo se ingeridos por um paciente que vai dirigir. “Principalmente aqueles considerados banais, como analgésicos, antialérgicos e remédios contra a gripe e resfriados”.

Mas os grandes vilões do sono são os medicamentos anfetamínicos, usados para emagrecimento.

Eles são estimulantes e, por isso, também são usados por motoristas, em especial caminhoneiros, que pretendem virar a noite dirigindo. Em qualquer um dos casos, o remédio se torna perigoso para quem vai dirigir, já que, após passado o seu efeito, o corpo precisa dormir, e isso acontece de forma incontrolável.

Buscopan, antidepressivos à base de amitriptilina e benzodiazepínicos, da família do Diazepan, também são perigosos para quem assumirá a direção.

O professor de Farmacologia da Univix, Thiago de Melo Costa Pereira, explicou que existe abuso destes medicamentos. Até mesmo substâncias usadas para tratar enjôo, como o dimenidrinato, princípio ativo do Dramin, podem causar sonolência.

Melo ressaltou que os medicamentos controlados, como Diazepan e alguns antidepressivos, podem deixar efeitos residuais e por isso é muito importante que as pessoas tomem cuidado, mesmo após dormirem uma noite, já que o medicamento poderá ainda assim causar problemas de reflexo e sonolência.

Os medicamentos perigosos

Anfetamínicos e efedrinas – De uso controlado, possuem efeito estimulante e são usados para emagrecimento e por pessoas que querem se manter acordadas durante longo período. O problema é que quando seu efeito passa, o organismo responde com sonolência intensa.
Antialérgicos – Possuem substâncias com ação anti-histamínica, que provocam sonolência e falta de reflexo.
Dimenidrinato (princípio ativo do Dramin) – De venda livre e usado para combater enjôos. Possui ação anti-histamínica semelhante à dos antialérgicos, provocando sonolência.
Escopolamina (Buscopan) – Usado no combate a cólicas menstruais e intestinais. Causa leve sedação, dependendo do organismo de cada indivíduo.
Benzodiazepínicos (família do Diazepan) – Apesar de ter venda controlada, são usados de forma indiscriminada para melhorar o sono. Podem causar intensa sonolência e têm efeito residual. Seu tempo de ação é prolongado.
Antidepressivos à base de amitriptilina – Seus derivados têm efeito sedativo. Convém usar à noite para acordar bem no outro dia, mas às vezes eles deixam efeitos residuais. Nos primeiros dias de tratamento, o paciente deve ficar atento.
Analgésicos e remédios contra gripes e resfriados – Apesar de terem efeito mais leve, a maioria deles pode diminuir os reflexos e causar sonolência.

22 de outubro 2006

Disponível em:
http://www.imafar.com.br/lernoticia.asp?retorno=../default.asp&cd_noticia=70



Assim como bebida alcoólica e direção não combinam, certos medicamentos também entram nesta lista de combinações perigosas. Sendo assim, para os pilotos de plantão é nescessário bastante cuidado ao ingerir certos medicamentos antes de pegar no volante, pois as consequências podem gerar bastante dor de cabeça.

Um comentário:

Ana Lúcia Mariano disse...

Interessante vocês lembrarem que certos medicamentos causam sonolência. Muitas pessoas não se atentam para esse fato. Por isso é impotante que o enfermeiro lembre-se de alertar os pacientes sobre isso.
Muito bom artigo
bjs